Mas o que é a arte?
Não será ela própria a arte de partilhar arte?
Recursividade à parte, até porque as boas práticas me impedem de definir um conceito à custa dele próprio, a arte é algo criado ou muitas vezes associada à capacidade ou técnica de criar algo. Bonito ou feio, triste ou alegre, ordenado ou caótico, esse algo que nos faz sentir, pensar ou imaginar ao mesmo tempo não o é se não for percepcionado. A percepção da arte através de qualquer dos sentidos enriquece-nos com experiência e ao mesmo tempo permite julgar, amar ou odear, confortar ou chocar aquele que percepciona. Mas toda a arte tem mais do que uma forma de percepção, até a música pois pode ser ouvida ou sentidas as suas vibrações, se a um volume suficientemente alto, ou por alguém cuja falta de escolha tenha aperfeiçoado este sentido.
Por tudo isto a arte só é arte quando partilhada, percepcionada por alguém, ainda que pelo sentimento toldado do seu criador, mas fundamentalmente por outrem.
Assim toda a arte pode começar por ser definida como a "arte" de partilhar, arte, e só depois, como tudo o que dela extraímos, independentemente daquilo que somos e como isso afecta a nossa percepção. Tomemos a música novamente como exemplo, não será esta a mais incompleta forma de arte? E talvez por isso aquela que mais facilmente nos chega, senão vejamos: sincronizando e colocando sentimento na face de quem mostra com o corpo como percepciona a música, aveludando o paladar de um prato, reforçando uma imagem em movimento ou estática, ecoando nas colunas imperceptíveis das salas de um museu a um volume que por mais piano não consegue deixar de polir as suas esculturas ou de tornear as pinceladas numa tela. Existirá outra forma de arte mais incompleta e que ao mesmo tempo reuna esta arte de se recriar a cada vez que é percepcionada? Será esta "a" arte que tem a arte de ser percepcionada mais facilmente sem que, ao mesmo tempo, se repita? E será justo dizê-lo?
A arte está em mudança permanente e a própria palavra é percepcionada de forma diferente de acordo com a época ou até por quem a lê. Esta é a minha percepção de arte e esta foi a forma artística que escolhi para que as minhas palavras pudessem ser partilhadas, com arte.
Link: Arte in Wikipédia
Por tudo isto a arte só é arte quando partilhada, percepcionada por alguém, ainda que pelo sentimento toldado do seu criador, mas fundamentalmente por outrem.
Assim toda a arte pode começar por ser definida como a "arte" de partilhar, arte, e só depois, como tudo o que dela extraímos, independentemente daquilo que somos e como isso afecta a nossa percepção. Tomemos a música novamente como exemplo, não será esta a mais incompleta forma de arte? E talvez por isso aquela que mais facilmente nos chega, senão vejamos: sincronizando e colocando sentimento na face de quem mostra com o corpo como percepciona a música, aveludando o paladar de um prato, reforçando uma imagem em movimento ou estática, ecoando nas colunas imperceptíveis das salas de um museu a um volume que por mais piano não consegue deixar de polir as suas esculturas ou de tornear as pinceladas numa tela. Existirá outra forma de arte mais incompleta e que ao mesmo tempo reuna esta arte de se recriar a cada vez que é percepcionada? Será esta "a" arte que tem a arte de ser percepcionada mais facilmente sem que, ao mesmo tempo, se repita? E será justo dizê-lo?
A arte está em mudança permanente e a própria palavra é percepcionada de forma diferente de acordo com a época ou até por quem a lê. Esta é a minha percepção de arte e esta foi a forma artística que escolhi para que as minhas palavras pudessem ser partilhadas, com arte.
Link: Arte in Wikipédia